As leis não dispensam uma mudança das mentalidades;
as mulheres são ainda consideradas como propriedade pessoal dos homens. E
as mentalidades não evoluem por si só. No que se refere aos crimes de
«honra», foi necessário que alguma mulheres tivessem a coragem de dar o
testemunho do seu martírio, como Souad (Cisjordânia), advogadas como
Hina Jilari e Asma Jahangir (Paquistão), jornalistas como Lima Nabeel ou
Rana Husseini (Jordânia) e militantes de ONG humanitárias, para que a
comunidade internacional descobrisse o horror e a amplitude da barbárie
exercida contra as mulheres.
Apesar dos avanços dos códigos penais, seria errado pensar-se que estes homicídios por questões de «honra» tendem a desaparecer pouco a pouco sob o efeito das pressões internacionais e de uma concepção utópica do progresso das sociedades. Pelo contrário, tudo leva a crer que estes crimes poderão ainda multiplicar-se. O poder crescente das forças islâmicas nos países tradicionalmente implicados e a influência das tradições nas comunidades imigrantes dos países ocidentais poderão agravar ainda mais a situação das mulheres. Cada vez mais impelidas para a rebelião, recusando os casamentos forçados e insurgindo-se contra a privação de liberdade em que vivem, seduzidas pelos modelos dos países ocidentais, as mulheres pagam ainda caro o seu desejo de autonomia. Desde 1999, de acordo com os relatórios internacionais e as observações das ONG, os crimes de honra mostravam tendência para aumentar.
Apesar dos avanços dos códigos penais, seria errado pensar-se que estes homicídios por questões de «honra» tendem a desaparecer pouco a pouco sob o efeito das pressões internacionais e de uma concepção utópica do progresso das sociedades. Pelo contrário, tudo leva a crer que estes crimes poderão ainda multiplicar-se. O poder crescente das forças islâmicas nos países tradicionalmente implicados e a influência das tradições nas comunidades imigrantes dos países ocidentais poderão agravar ainda mais a situação das mulheres. Cada vez mais impelidas para a rebelião, recusando os casamentos forçados e insurgindo-se contra a privação de liberdade em que vivem, seduzidas pelos modelos dos países ocidentais, as mulheres pagam ainda caro o seu desejo de autonomia. Desde 1999, de acordo com os relatórios internacionais e as observações das ONG, os crimes de honra mostravam tendência para aumentar.
https://condicaodamulher.wordpress.com
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